PERGUNTAS E RESPOSTAS

O cigarro eletrónico também conhecido por vaporizador pessoal, é um dispositivo eletrónico para entrega de nicotina, que também pode ser utilizado com líquidos não contendo nicotina.

Tem como finalidade, através do aquecimento de uma resistencia, a produção de vapor e, ao contrário dos produtos de tabaco tradicionais, não está sujeito a combustão ou emissão de fumo.

São. Os cigarros eletrónicos são, a nível europeu, legislados pela “Tobacco Product Directive” (TPD) e, a nivel nacional, pela Lei nº109/2015, de 26/08, revista pela Lei nº63/2017, de 03/08 que visa regulamentar o mercado europeu de produtos de tabaco, tabaco sem combustão e cigarros eletrónicos, assegurando um elevado nível de protecão de saúde para os cidadãos europeus e, consequentemente, através das referidas leis, dos cidadãos nacionais

Não. Mesmo não existindo combustão, ou seja, produção de fumo, os cigarros eletrónicos estão sujeitos à atual lei do tabaco e, portanto, restritos aos locais onde é permitido fumar.

Os locais mais aconselhados são as lojas especializadas de cigarros eletrónicos pessoais também conhecidas como “Vapeshop” ou lojas de “Vaping”. Embora possam ser comprados em tabacarias ou áreas de serviço, nas suas formas mais simplificadas, numa loja especializada os lojistas podem dar informação sobre o funcionamento dos dispositivos, características , cuidados e manutenção do equipamento.

Na compra em loja é também possível efetuar testes e decidir o que melhor se adequa a cada utilizador, bem como a miligramagem de nicotina mais adequada a cada caso.

O cigarro electrónico funciona através de uma bateria destinada a fornecer energia a uma resistência  que, por sua vez, vai atomizar um e-líquido (vulgo, líquido).

A resistência presente nos cigarros eletrónicos é constituída por um fio metálico (usualmente “kanthal”, aço inoxidável , titânio ou outras ligas) que, no seu interior ou exterior – dependendo do tipo de resistência – contém algodão orgânico embebido em líquido, produzindo, consequentemente, vapor. Neste processo não existe combustão e o vapor gerado tem uma dissipação rápida e sem o típico odor desagradável.

Fumar é aproveitar a combustão do tabaco para produzir fumo. Além de não terem tabaco, em vez de fumo, os cigarros eletrónicos libertam vapores que resultam de um aquecimento de uma resistencia em contacto com um líquido.

O cigarro eletrónico ou vaporizador, como o conhecemos, foi inventado na China em 2003. A sua ascensão começou a fazer sentir-se a partir de 2009, tendo sofrido inúmeras alterações e melhorias ao longo dos anos.

A nicotina é uma substância aditiva e, como tal, todos os líquidos que contenham nicotina também o são. No entanto, para os líquidos que não contêm nicotina, não existem estudos que demonstrem a sua adição.

Por intermédio de uma análise ao setor, desencadeada de voluntária e informal no seio das lojas da especialidade, temos indícios de que existem 150 a 200 mil utilizadores. Um número pequeno, quando comparado com os mais de 3 milhões de fumadores. Ou seja, há mais de 3 milhões de fumadores que podem beneficiar da transição para os cigarros eletrónicos.

A faixa etária que mais utiliza cigarros eletrónicos pessoais é a que se situa entre os 25 e os 34 anos, seguida dos indivíduos entre os 35 e os 44 anos e, por fim, a faixa dos 45-54 anos de idade.

Em termos de género , o sexo masculino é mais representativo, ocupando cerca de 60% dos utilizadores.

É proibida toda a venda de produtos de tabaco, tabaco sem combustão e cigarros eletrónicos a menores de 18 anos.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Não existe qualquer dúvida de que, na maioria dos países mundiais, o tabaco convencional é a principal causa –evitável –de mortalidade, sendo responsável, anualmente e apenas na Europa, pela morte de, aproximadamente, 700 mil pessoas.

Relativamente ao menor dano provocado pelos cigarros eletrónicos, sim, há diversos estudos, realizados por entidades mundiais independentes, demonstrando que os cigarros eletrónicos são menos prejudiciais do que o tabaco.

O principal componente de um líquido é a glicerina vegetal, seguindo-se o propileno glicol. Os aromas fazem igualmente parte da constituição dos líquidos. A utilização da nicotina é opcional e apenas pode ser utilizada em líquidos com uma miligramagem máxima de 20mg/ml, conforme diretivas da (TPD, da comunidade europeia, entretanto, na mais recente adaptação nacional, constantes da Lei nº63/2017, de 03/08.)

Sim. Embora uma percentagem dos utilizadores veja os cigarros eletrónicos como um substituto menos prejudicial de entrega de nicotina, outra aborda-a como um veículo menos nefasto que lhe permita reduzir o consumo de nicotina de forma progressiva, reduzindo a miligramagem de nicotina presente no líquido até ás 0 (zero) miligramas e assim cessar também o ato de vaporizar.

Segundo a Lei nº63/2017, de 03/08, nenhum líquido comercializado no nosso país pode exceder as 20mg/ml de concentração de nicotina. Este é o cenário comum a, praticamente, toda a comunidade europeia.

Estudos realizados pela organização mundial de saúde (OMS) demonstram que a contagem completa de células sanguíneas se manteve inalterada após exposição de grupos de controlo a vapor, tanto ativos como passivos. O mesmo estudo comparou o fumo de produtos de tabaco tradicional em que registou, tanto em fumadores ativos como passivos um aumento de glóbulos brancos, linfócitos e granulócitos em apenas uma hora de exposição, para além de um aumento de proteínas secundárias e de uma carga inflamatória aguda.

Mais estudos são necessários , nomeadamente devido ás diferentes concentrações de nicotina presentes no líquido, mas conseguimos concluir que existem notórias diferenças entre exposições.

Sendo aditiva, a nicotina deve ser considerada prejudicial. No entanto. Há dois fatores de preocupação comuns: neoplasias e doenças cardíacas. Á luz do atual conhecimento científico a nicotina não é vista como cancerígena, uma vez ter sido demonstrada a não existência de risco aumentado de cancro com a sua utilização.

No que concerne á sua influência a nível cardíaco, os níveis máximos de nicotina plasmática após 5 minutos de exposição aos cigarros eletrónicos são, em média, 10 vezes menores do que os dos cigarros tradicionais.

Adicionalmente, há evidência segura de que a nicotina por si só não é tão viciante quanto a nicotina quando combinada com alcalóides encontrados no tabaco. Aliás, a nicotina é, em doses controladas, um estimulante. Aumenta o ritmo cardíaco e tem sido referida como benéfica em termos performativos e cognitivos, melhorando a atenção, memória e funções motoras.

A cessação abrupta do consumo de nicotin poderá trazer, mediante a tolerância a esta por parte de cada indivíduo, alguns sintomas como, por exemplo, ansiedade, falta de concentração, irritabilidade e alterações no apetite.

Sim. Existem no mercado inúmeras opções de líquidos sem nicotina. Os líquidos, tal como os cigarros eletrónicos pessoais, estão legislados e a lei determina que os líquidos com nicotina so podem ser comercializados em recipientes com 10ml de capacidade, no máximo, Qualquer medida superior poderá ser comercializada apenas sem nicotina, á qual, normalmente, se adiciona uma solução de nicotina, adquirida separadamente.

Todos os produtos que contém nicotina são facilmente identificáveis pela estampilha fiscal, aplicável aos produtos de tabaco.